31 de outubro de 2012

Da Exaltação



“Esteja absolutamente certa, toda a casa de Israel, que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.” At 2:36
“Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira, lhe dando um nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus, todo joelho se dobre  nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai.” Fp 2:9-11

            A exaltação de Jesus é, antes de tudo, inerente ao Seu esvaziamento. Faz parte da humilhação a que Ele se propôs. Ele sempre existiu, era Deus, portanto, se não tivesse se esvaziado, não seria necessária a Sua exaltação. Jesus é o cumprimento perfeito do princípio de que aquele que se humilha será exaltado (Mt 23:12; Lc 14:11; Lc 18:14). Jesus trouxe o ensino, Jesus foi o exemplo vivo. Ele se humilhou. Deus O exaltou!
            A exaltação de Jesus nos ensina ainda algumas coisas. A primeira é que ela deve nos fazer contritos, cônscios da nossa necessidade Dele. Pedro expôs isso em At 2:36, e logo após ele declarar a exaltação de Jesus, o povo que o ouvia se desesperou, queria de todo jeito saber o que fazer, se viu carente, pobre, miserável, e então recebeu a ordem do Espírito Santo, através de Pedro para se arrependerem. Portanto, a primeira consequência de termos clareza da exaltação de Jesus é o arrependimento, a contrição, a desesperada necessidade Dele.
            A segunda coisa, é que Deus não só O exaltou, mas O exaltou sobremaneira (huperupsoo, no grego), à mais alta posição, à máxima altura. A exaltação de Jesus O colocou à destra do Pai, acima de toda a criação, com duas finalidades: estabelecer em definitivo a Sua autoridade sobre tudo e todos, dos anjos que estão ao redor do trono de Deus, até os demônios, nos recônditos do inferno. Nada, nem ninguém está fora do alcance do senhorio de Cristo, do Seu juízo, da Sua vontade. Aqueles que Ele escolheu ter misericórdia, serão convencidos pelo Seu Espírito Santo e desfrutarão da eternidade com Ele. Os demais, também estão sujeitos à Sua vontade, e por ele, padecerão na eternidade do inferno. A outra finalidade é na verdade a finalidade suprema de toda a criação: que Deus seja glorificado. Nada existe com outro fim, e vida e a obra de Jesus não seria nunca a exceção.  Jesus viveu na terra para glorificar a Deus; tomou sobre Si os nossos pecados, para glorificar a Deus; foi crucificado e ressuscitou para glorificar a Deus; foi exaltado para glorificar a Deus.
            O que isso nos traz, Seus discípulos, de aprendizado prático?
  1.      A contemplação de Cristo exaltado nos céus precisa me trazer contrição, consciência da minha fraqueza, minha incapacidade, minha inutilidade. Não é apenas a cruz que me traz arrependimento, mas também a exaltação. Toda vez que eu olhar para Jesus, tenho que ver a minha impureza, a minha indignidade, a dependência total da Sua graça, sem a qual eu mereceria a morte. Se isso não reflete o meu contemplar a Cristo, eu certamente estou olhando para o lugar errado. E se olho para o lugar errado, nunca vou chegar no destino certo;
  2.      Cristo é meu Senhor! Certíssimo! Mas Cristo é Senhor também de tudo e todos. Cristo é Senhor daqueles que o negam, que o blasfemam, que vivem em pecado. E todos estão debaixo da Sua soberania. Essa consciência revela a imensidão da Sua graça sobre mim. Enche-me de gratidão. Conduz-me a proclamar. Saber que tudo está debaixo da autoridade Dele me traz descanso e desafio, paciência e coragem, temor e ousadia. Traz, acima de tudo, a certeza de que Ele começou a obra em mim, e Ele vai terminá-la. Até o dia de Cristo Jesus!!!

E que Ele venha, sem demora!!!

(escrito em 21 de outubro de 2012)

Um comentário:

Unknown disse...

Cristo é SENHOR. Essa frase é tão conhecida, mas é tão difícil de viver isso na prática do dia a dia. Ele é Senhor, Ele está no Trono. De tudo, em todo momento. Ele é soberano!!!